sábado, 15 de agosto de 2015

Reflexão sobre o aspecto da castidade de Atena

Estive meditando e resolvi escrever esse texto como parte da celebração da minha Panathenéia. O que a Deusa me mostrou foram os seguintes aspectos:
Não é a castidade pura e simplesmente, há várias simbologias atrás desse conceito.
A castidade vêm como uma forma de separá-la dos outros Deuses, assim como também a Ártemis, como colocando-as além das questões amorosas que tanto afligem os Olimpianos. Sem esses problemas relacionados ao mundo amoroso, Atena tem sua mente totalmente focada nas questões da racionalidade, sem perder as linhas de raciocínio. (Por que convenhamos, quem nunca perdeu a cabeça por um amor, ou deixou-se fazer coisas idiotas. Ou ainda, quando se está apaixonado não se consegue pensar em outra coisa, não é verdade?). A mente dela não sofre tais desvios.
Além disso, a castidade reforça seu poder feminino, uma vez que ela nunca se casa ou se submete à nenhum Deus. Pois ao se casar, há uma perceptiva perda de autonomia, principalmente no Antigo Mundo Grego.
Ela está além da realidade da mulher de sua época, por isso a castidade, que vem retirar da sina da mulher grega antiga (vista apenas como aquela que serve para ser mãe).
Claro que Atena se submete à Seu Pai, Zeus, pois ele é a Ordem e a Lei dos Deuses, aspectos os quais Atena também preza, como protetora da Ágora e da Civilização.
Por ser tão poderosa, Atena tem a sua força por si mesma. Na sua sabedoria, ela se coloca além das questões emocionais, lidando com o racional, sem assim necessitar se preocupar com quaisquer outras questões.

Palas significa "a donzela", pois a poderosa filha pede ao pai para manter-se sempre virgem e, desta forma, impor-se com a autoridade de quem não se deixa seduzir ou corromper.
(de acordo com esse texto aqui.)