segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Medos, magia, cura, medicina e Hécate

Venho nesse post não falar de medo, temor, venho falar de Magia e como ela chaga até hoje em nossas vidas. Na sociedade Persa havia magos e magas que realizavam magias de cura, proteção, divinação... Alguns desses magos migraram para a Grécia, a fim de realizar suas atividades por lá. Os gregos conheciam os persas como Medos, Guerras Médicas, a do filme 300, lembra? Porém a profundidade de relação que tinha esses Medos com magia era muito grande, tanto que temos Medéia, a feiticeira e sacerdotisa de Hécate, com o nome derivado de Medos. O que me ocorreu uma insight de que talvez medicina ou médicos possam ter a mesma origem. Procurei a origem da palavra mas vem do latim mederi (como pode ser visto aqui), porém o latim tem uma base grega muito forte então ainda pode ser relacionado. O que demostra como as artes de cura estão relacionadas à Hécate. Mederi é "saber o melhor caminho",  o que totalmente me lembra de Hécate. Outra relação que Ela tem com as artes médicas pode ser vista como Sua face de parteira, "Kourotrophos". Pois Ela é a Guardiã dos Portões dos Mundos e da vida. Outro insight me veio quando li um livro em que uma personagem pensava que as parteiras eram bruxas e que as bruxas comiam criancinhas. Acredito que essa ligação venha de que as parteira sabiam tanto fazer nascer ou abortar um feto, logo muitas mulheres eram atendidas por elas. Algumas grávidas saíam com seus bebês, muitas não, então o que acontecia com esses bebês? No imaginário popular a bruxa má comia eles (mas na verdade elas abortavam.). Olha como tudo tem ligação e como os nossos Deuses são antigos mas ainda muito presentes em nosso cotidiano.

Não tenho fontes de todas as informações, muitas delas são apenas ideias minhas (sem comprovação exterior).

domingo, 27 de dezembro de 2015

Ponderações sobre as faces de Hécate

Assim como na Terceira Lei de Newton, toda ação tem uma reação. Assim também é nossas relações com os Deuses. No meu caso, pode ser bem observado em minha relação com Hécate. Ela é uma Deusa de inúmeras faces, tanto de aspectos claros como escuros. Ela é a sombra, o equilíbrio entre a Luz ofuscante e a Escuridão paralisante. Assim sendo, Ela tem vários aspectos e faces. Porém, acredito para uma boa relação com Ela é necessário reconhecer sua grandeza em todos os aspectos, mas é preciso discernimento para qual face dela você está lindando. Hécate é uma Deusa extremamente presente em minha vida e extremamente generosa. A ela eu peço e agradeço quase tudo, já que suas muitas faces abarcam quase tudo. Ainda às vezes o Medo me cria alguns receios em relação à ela, demonizando-a, porém tento sempre superar esses medos enrustidos, que só me fazem distanciar dela e reforçar os estigmas e os esteriótipos. Ela é uma Deusa muito poderosa, então, se for lidar com ela, é preciso estar disposto a enxergar além desse véu colocados sobre a imagem dela a fim de diminuí-la. E para ver é necessário coragem e mente aberta, pois ela te mostra, além de suas faces, as faces dos mundos.

Esteriótipos superados: Afrodite

Venho fazer alguns posts sobre os esteriótipos que precisam ser superados no culto à alguns Deuses. Irei começar por Afrodite. Muitos, até eu mesma, considerava o Amor uma coisa secundária, fútil, algo sem prioridade. Porém, percebi que se quero ter boas relações amorosas, tenho que colocar o Amor em igualdade, no mínimo, com as outras coisas. Percebi então como a minha relação com Afrodite estava bloqueada por esteriótipos e medos, como exemplo, tinha receio em confiar nela para resolver meus problemas amorosos. É nesse ponto que surge o esteriótipo de que ela é uma Deusa que brinca com o sentimentos de seus abençoados, de que gosta de ver as "tretas" . Eu confio nela e sei que isso não é verdade, porque, antes de tudo, sem ela eu nem teria um relacionamento, segundo, o Amor é uma coisa séria, e ela é quem sabe disso melhor. Ela me mostrou que o Amor está em tudo, não somente nas relações amorosas/sexuais, mas na família, na roupa que você veste, na cadeira onde você está sentado. Sem o Amor, sem a união feminino/masculino, não existiria você, ou a planta de onde saiu o algodão ou a madeira das coisas que você usa. E eu pude reconhecer a grandeza dela. Grandeza mesmo. Pois ela rege sobre o Destino, quem nasce (o amor que une o feminino e o masculino e faz nascer), quem você se torna (seus sentimentos, desejos, ações...). O medo tentou bloquear essa grandeza colocando barreiras em nome de outras Deusas (Atena, Hécate), de que se eu tivesse aceitando a grandeza de Afrodite eu estaria passando por cima das outras Deusas. Mas isso não é verdade. A verdade mesmo, do Universo, tem muitas faces e muitas formas de se apresentar e reconhecer uma não é negar as outras (essa lógica de negar os outros é bem fundamentalista). O Amor está em tudo, e reconhecer a grandeza dela, superar esse estereótipo de uma Deusa menor, reconhecer esse lado de fertilidade dela. Eu nunca tinha percebido a grandeza e o poder de Afrodite com tanta intensidade, é algo que estou ainda acostumando, adicionando à minha perspectiva de vida. Eu peço muitas bênçãos para ela, mas percebi que antes de poder receber essas bênçãos, eu terei que destruir cada pensamento que tente desvalorizá-la e que tenho que abrir o meu coração, e a razão também, para o Amor e para ela.

Relações sobre a origem de Afrodite

Muitos consideram Afrodite tendo origem das Deusas da Fertilidade e da Sexualidade Astarte (que é feníncia) e Ishtar, que são Deusas bastante antigas, datando das origens da civilização Mesopotâmica (Ishtar). Muitos são os autores que consideram Chipre sendo o local de nascimento de Afrodite, que é nascida no Oceano, da espuma dos testículos de Urano. Assim sendo, me veio a relação de que o culto a Afrodite pode ter vindo pelo mar, através dos Fenícios, navegantes e comerciantes que colonizaram a ilha de Chipre, daí essa versão de sua origem.

Não tenho fontes de todas as informações, muitas delas são apenas ideias minhas (sem comprovação exterior).

sábado, 17 de outubro de 2015

Viver sob as bençãos de Atena

Viver sob as bençãos de Atena é procurar sempre ser justa e racional, não ser levada, pela emoção, ao impulso do ato. Não falo viver sem emoção, a emoção é importante para se manter o equilíbrio na vida, esse equilíbrio que também é aspecto dela. Eu falo é não ser tão cordial (do coração), como fala Sérgio Buarque de Holanda. O brasileiro tem tendência à ser cordial, votando, nas eleições no candidato que mais apele para o emocional, por exemplo. Viver sob as bençãos dela é ser racional na ação, ponderando, sendo prudente (ela é filha de Métis, Deusa da Prudência), respeitando as leis, buscando sempre se aperfeiçoar, tendo um aspecto de sobriedade na conduta.

"Sempre que ajo com sabedoria ou astúcia, por exemplo, vou estar agradando Atena; se eu demonstrar 'xenia' (hospitalidade)" assim como exemplifica Alexandra, do blog Sofá da Álex.

sábado, 15 de agosto de 2015

Reflexão sobre o aspecto da castidade de Atena

Estive meditando e resolvi escrever esse texto como parte da celebração da minha Panathenéia. O que a Deusa me mostrou foram os seguintes aspectos:
Não é a castidade pura e simplesmente, há várias simbologias atrás desse conceito.
A castidade vêm como uma forma de separá-la dos outros Deuses, assim como também a Ártemis, como colocando-as além das questões amorosas que tanto afligem os Olimpianos. Sem esses problemas relacionados ao mundo amoroso, Atena tem sua mente totalmente focada nas questões da racionalidade, sem perder as linhas de raciocínio. (Por que convenhamos, quem nunca perdeu a cabeça por um amor, ou deixou-se fazer coisas idiotas. Ou ainda, quando se está apaixonado não se consegue pensar em outra coisa, não é verdade?). A mente dela não sofre tais desvios.
Além disso, a castidade reforça seu poder feminino, uma vez que ela nunca se casa ou se submete à nenhum Deus. Pois ao se casar, há uma perceptiva perda de autonomia, principalmente no Antigo Mundo Grego.
Ela está além da realidade da mulher de sua época, por isso a castidade, que vem retirar da sina da mulher grega antiga (vista apenas como aquela que serve para ser mãe).
Claro que Atena se submete à Seu Pai, Zeus, pois ele é a Ordem e a Lei dos Deuses, aspectos os quais Atena também preza, como protetora da Ágora e da Civilização.
Por ser tão poderosa, Atena tem a sua força por si mesma. Na sua sabedoria, ela se coloca além das questões emocionais, lidando com o racional, sem assim necessitar se preocupar com quaisquer outras questões.

Palas significa "a donzela", pois a poderosa filha pede ao pai para manter-se sempre virgem e, desta forma, impor-se com a autoridade de quem não se deixa seduzir ou corromper.
(de acordo com esse texto aqui.)